Coçar os olhos
Abrir os olhos
Olhar o longe embaçado
Saber-se sem horizonte
Mas marretar a parede
Porque tijolo é de barro, não de pedra
E barro, assim como coisa de terra
teima em ceder,
fazer curvas.
Aí eu rasgo uma fenda na parede
E mesmo sem ver, amparo.
E enlaço o horizonte com o fundo dos olhos
Lugar onde formam imagens
do tempo da espera,
esperança