Diário de ET: o mais difícil de entender até agora

Terráqueos emprestam seus bens – chamados dinheiros – a um grupo privado chamado banco. Emprestam pra eles guardarem, porque as casas não são seguras. Para guardar dinheiros em bancos, pessoas deixam parte dos dinheiros como pagamento.

O banco pega o dinheiro que a criatura deixa lá e empresta pra outros, até pra esse próprio. Por emprestar, as criaturas pagam mais dinheiros ao banco. É uma lógica estranha, pois se não tem nem pra eles – por isso pegaram emprestado – como darão mais ao banco?

Os dinheiros podem ser na forma de papéis impressos, papéis preenchidos a caneta (esses ninguém gosta) ou um cartão de plástico. O cartão é o que o banco mais recomenda. É tudo mais rápido, e o banco pode intermediar tudo com muita facilidade, porque os dinheiros estão deixando de ser uma coisa concreta e estão virando informação.

Os bancos manejam bem a informação. uma outra coisa chamada mídia também, mas essa é outra coisa difícil de entender.

Recaptulando:

1) A criatura coloca dinheiros nos bancos, porque são lugares muito seguros, onde ninguém vai ser roubado.

2) Os bancos pegam emprestado esses dinheiros e os emprestam a outras criaturas, cobrando delas dinheiros (juros). mas não repassam esses dinheiros que sobraram (lucro) aos donos originais. Ao contrário, também recebem destes mais dinheiros para hospedar o deles em seus “cofres”.

3) Esses dinheiros, em breve, serão só de plástico. Ou nem isso. Essa mudança (dizem os bancos) tornará o fluxo mais ágil. Só não entendi, se esse for o caso, como o dono original dos dinheiros poderá guardá-lo consigo, se um dia quiser, se ele não fala a língua dos bancos.

Tentaram me explicar, mas não entendi. Me parece que as criaturas saem perdendo, mas se fosse esse o caso, por que continuariam colocando seus dinheiros em bancos?

O bacana (eles adoram essa palavra) é que eles tem uma ótima relação.  Nessa época do ano, bem festiva, o banco retribui todo afeto, confiança e dinheiros recebidos de todos com um grande show na avenida mais famosa da maior cidade do país chamado Brasil. Muitas, muitas luzes, bonecos gigantes (alguns com criaturas dentro – não sei como respiram) e muita neve, que cai em intervalos controlados. O que também não entendi, porque hoje praticamente derreti de calor, e me parece que está longe de nevar, se for observar o mecanismo climático do planeta. Mas todos parecem felizes, registram as imagens em máquinas portáteis, aparentam normalidade. Devo estar em curto-circuito…

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