Outro dia me deparei com isso aqui. Um sorriso de leite.
Fiquei olhando pra ela pedindo conselho. Diz aí, como é que faz mesmo? Ser assim, tão inteira? tão presente?
O que foi que eu deixei pra trás? O que eu tenho que deixar pra trás? Falta ou sobra?
Lembrei dos dias inteiros. Dias para brincar e viver, nunca dormir (era esse o único drama).
Ela me olhou por um tempo. Não respondeu nada muito sério, nem elaborar muito sabia. Só pulou da cadeira e buscou um livro de histórias, me pediu pra ler, enquanto comia sorvete. Sem resposta clara, e sem saída, abri. Ao invés do “era uma vez”, aquela começava assim: uma vez, eu era…