estudando o amor IV

Sempre há um terror infantil da segunda expulsão do paraíso. Como se já não bastasse nascer.

O terrorismo da bronca: serei eu ainda amado pelos poucos que me rodeiam?

O terrorismo da aula de genética: de onde vem minha pele escura, meu olho claro? E se venho de outro lugar desconhecido de mim?

Qual minha origem?

Se posto na filosofia – de onde viemos? – fica tudo tão distante que se perde a natureza da coisa.

Se posto na biologia – de onde vem os bebês? – fica tão científico que se perde a poesia.

Realmente, não há respostas para a nossa entrada.

Só saídas: abraços.

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