Sempre há um terror infantil da segunda expulsão do paraíso. Como se já não bastasse nascer.
O terrorismo da bronca: serei eu ainda amado pelos poucos que me rodeiam?
O terrorismo da aula de genética: de onde vem minha pele escura, meu olho claro? E se venho de outro lugar desconhecido de mim?
Qual minha origem?
Se posto na filosofia – de onde viemos? – fica tudo tão distante que se perde a natureza da coisa.
Se posto na biologia – de onde vem os bebês? – fica tão científico que se perde a poesia.
Realmente, não há respostas para a nossa entrada.
Só saídas: abraços.