Lendo Romeu e Julieta, refletindo sobre o significado da tragédia, onde ela leva… me deparei com esse momento:
Pedro, com 4 anos e meio (e sendo parte dessa nova geração que vem com plug in de autoconsciência) deu pra isso: ao ficar contrariado (quero-isso-mas-não-posso), range os dentes e grita. em seguida, tem uma série de movimentos contraditórios que inclui me bater. não contém o impulso do desagrado, mas ao mesmo tempo observa, assustado, sua própria reação. sente, simultaneamente, raiva e espanto. logo em seguida, me abraça, chora e pergunta: mamãe, o que tá acontecendo?
tá acontecendo, filho, que você ficou com raiva, e a raiva dá vontade de bater. mas como você sabe que bater machuca, você ficou triste por ter batido.
entendeu Romeu?