min’s gerais

faz tempo que não me dou a mineirices, até porque rótulos me apertam depois de uma estação.

mas não sei se por conta de recentemente mexer em pedras, não sei se por conta de ver fotos de amigos antigos em Ibitipoca, não sei se por conta de qualquer outra coisa, me deu vontade de montanha. de café e de conversa à toa. me deu vontade daquele sotaque calmo, diminutivo, que hoje só me resta vagamente.

assumo: deu saudade daquele tempo sem pressa.

não sei se por conta de saber que a casa onde cresci e fui feliz vai ser demolida e virar prédio. até achei que nem ligava, morando em SP isso é até normal (?). mas será que tem parte minha chamando? Vem aqui um cadim…

não pode ser, né, que parte da gente fique gravada em alicerces de coisas… é só tijolo, areia e concreto! com canos por dentro, tinta por cima, e anos, anos de vida compartilhada, desenhos de giz no quintal traçando caminhos secretos, traçando o mapa do tesouro que um dia eu iria colher. casa sempre cheia, de tantos amigos, de tantas brincadeiras. prontochorei. sua besta, achou que ia passar imune à demolição do concreto da memória?

vou pegar esse trem pra dar uma volta, então, e saber.

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