na areia, perto da arrebentação, respirava um ser ainda vivo.
chamei, animada, os meninos: olha! eles, com o entusiasmo de sempre: peixe!
peguei pelo rabo, jogando de volta no mar. nem percebi que busquei neles testemunhas para um ato heróico de salvação.
a onda devolveu o corpo. como, se ainda respirava? como se atreveu o ser, assim, a desistir de existir?
constrangida, fiquei sem palavras. mudei rapidamente de assunto: não, eles não estão preparados para saber tão de repente os segredos da vida.
não, eu não estava preparada pra falar sobre a morte. não assim, tão de repente, no meio das férias de verão.