Ó só, mãe! Ó só! Aguatéa! Aguatéa!
(sim, ele repete tudo umas oito vezes)
Aguatéa! Aguatéa! Aguatéa!
(Água-terra: Francisco vendo, maravilhado,
da janela do carro em viagem,
as curvas de um rio)
de Claudia Pucci Abrahão
Ó só, mãe! Ó só! Aguatéa! Aguatéa!
(sim, ele repete tudo umas oito vezes)
Aguatéa! Aguatéa! Aguatéa!
(Água-terra: Francisco vendo, maravilhado,
da janela do carro em viagem,
as curvas de um rio)
nossa!
é ficar com promessa de choro viva entre o peito e a garganta, quase escapulindo olho afora. dá pra ler de tacada não, pede tempo de pedir socorro, de pedir abraço, de dar abraço, até. Na aridez descalça, agradecer pela água.
Eu agradeço as palavras dadas. “A vida é demasiado preciosa para ser esbanjada num mundo desencantado”. Vixe, que coisa boa de ler!
É uma árvore gigante que mora onde moram meus pais.
Não sei quantos anos tem, mas é uma entidade. Linda, dançando rumo ao céu, dançando rumo ao centro.
Num dia, rodeando e contemplando, vi numa fenda do tronco algo além. Muito além.
Se eu ainda fosse criança, acreditaria em portais.
Não sendo mais, ainda acredito. Um manto, um cajado, figuras, essências esculpidas no tempo. Um mago? Sacerdotisa? Talvez.